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Onda de calor: confira dicas de economia de energia para dias de temperaturas elevadas

Utilização de equipamentos para refrescar o ambiente se intensificam neste período

18/03/24

Nos últimos dias, o Brasil está passando por uma nova onda de calor que está deixando o clima até 5 ºC superior à média histórica do período. A elevação da temperatura pode aumentar o consumo de energia e, por isso, a Cemig destaca algumas situações para que não haja grande aumento no consumo de energia, principalmente, com a utilização de equipamentos de ar-condicionado, ventiladores e climatizadores.

De acordo com setor de Meteorologia da Cemig, a semana começa com predomínio de sol em grande parte de Minas Gerais. No entanto, áreas de instabilidade influenciam o tempo no estado, e, a partir da tarde desta segunda-feira (18/3), tempestades isoladas se formam principalmente entre o Noroeste, Triângulo, Centro, Oeste, Sul de Minas, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Contudo, o calor continua intenso e as temperaturas atingem valores de pelo menos 34°C na maior parte do estado durante a tarde. Só no Sul de Minas, as máximas ficam ligeiramente mais baixas, predominando valores em torno dos 30°C. As temperaturas diminuem a partir da próxima quarta-feira com o avanço de uma frente fria por Minas Gerais.

 

Dicas para refrescar o ambiente com economia

O engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, destaca que o ar-condicionado tem uma potência elevada e funciona de forma similar à geladeira, só que retirando o ar quente do ambiente. Por isso, recomenda que o consumidor fique atento ao tempo de utilização. Para quem pensa em adquirir um aparelho desse tipo, vale outra dica: o ideal é comparar os dados indicados pela etiqueta do Inmetro e escolher aqueles com a classificação “A”, pois são os mais eficientes.

“Para as residências, existem dois modelos: o do tipo janela (menos eficiente) e o Split, que é mais eficiente. Na aquisição de qualquer um deles deve-se dar preferência para aqueles cuja etiqueta indique o consumo anual provável e multiplicar pela tarifa de energia encontrada na conta de luz. Dessa forma, o consumidor terá uma boa ideia do quanto cada equipamento ‘gastará’ no ano, pois esse consumo foi padronizado para uma utilização típica no país”, afirma.

Thiago destaca uma vantagem dos modelos split: segundo ele, este tipo de aparelho tem opções com tecnologia ‘inverter’, que é ainda mais eficiente, pois trabalha na medida certa para manter a temperatura ajustada.

O especialista lista outras dicas de economia para o uso adequado dos aparelhos de ar-condicionado. “É importante manter o ambiente fechado; colocar cortinas ou persianas para evitar a incidência de luz solar; manter a temperatura em 23 ou 24 graus – que é a temperatura de conforto. Essas ações contribuem para a utilização dos aparelhos de forma consciente e aproveitando seus benefícios”, afirma.

 

Mais em conta

Entre as alternativas para aliviar a temperatura do ambiente, o ventilador é o mais popular, uma vez que geralmente é o aparelho mais em conta para se adquirir. Além disso, esse equipamento possui a menor potência dentre as opções. Segundo o engenheiro da Cemig, mesmo consumindo menos energia, o cliente deve ficar alerta para o tempo de utilização do ventilador.

“O consumo de energia depende de duas variáveis: potência dos equipamentos em watts (W) e tempo de utilização (em horas). Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um aumento significativo na conta de energia.

Como este equipamento também possui a etiqueta com o consumo de energia, bastará multiplicar o consumo indicado nela pela quantidade de horas de utilização diária – neste caso, o cliente encontrará o valor em reais para aquele dia de utilização”, explica o engenheiro. Sobre a utilização do ventilador, ele acrescenta: “Já no uso do ventilador, o cliente deve deixar a casa o mais ventilada possível, abrindo portas e janelas para que o ar circule e refresque o ambiente – é justamente o contrário do ar-condicionado!”.

 

Geladeira e chuveiro

Estudos indicam que a geladeira é o segundo equipamento que mais consome energia em uma residência, principalmente, pelo seu tempo de uso e por causa do “abre e fecha”. Além disso, é importante lembrar que alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no eletrodoméstico, pois isso fará o motor do refrigerador funcionar por mais tempo, consequentemente, aumentando o consumo de energia.

Uma orientação simples indicada pelo especialista é que os clientes verifiquem o estado da borracha de vedação de refrigeradores e ajustem o termostato desses equipamentos, considerando que a temperatura do ambiente está mais alta. Se as portas não estiverem fechando corretamente, a geladeira (ou o freezer) gastará mais energia para resfriar os alimentos.

“Para saber se a borracha de vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários pontos da porta da geladeira”, completa.

Mas, se o consumo de energia tende a subir com equipamentos de refrigeração do ambiente, as altas temperaturas trazem uma grande oportunidade de economia. O chuveiro elétrico, que é o equipamento que mais consome energia nas residências, pode ter a potência reduzida drasticamente nesta época do ano.

“Ao colocar a chave do chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima. Mas, mesmo assim, é importante que o tempo de uso seja mantido, pois não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de banho”, alerta Thiago.

Imagem de uma mulher refrecando-se em frente a um ventilador

Crédito da imagem: AdobeStock/Cemig